Em direção à pesquisa de adaptação dirigida pela comunidade (C-DAR)
"As universidades precisam estabelecer um diálogo responsável e comprometido com os povos indígenas e territórios tradicionais que enfrentam a emergência climática. Os pesquisadores acadêmicos devem compartilhar tanto as lutas quanto as estratégias coletivas de resiliência contra essas mudanças, e as colaborações em pesquisa devem beneficiar esses povos e suas terras de alguma forma, ao mesmo tempo que seguem as diretrizes e os sentimentos das comunidades que zelam pela Mãe Terra e por toda a natureza."
- Mateus Tremembé, Indigenous Leader from the Tremembé da Barra do Mundaú and Co-Director of the TEST Lab
Comunidades ligadas à terra, como a de Mateus Tremembé, vivem em relações recíprocas com os ecossistemas que as cercam e possuem profundos conhecimentos locais sobre as águas e os solos que sustentam seus modos de vida. Como costuma acontecer com aqueles que menos contribuíram para as emissões globais, essas comunidades são extremamente vulneráveis aos impactos crescentes e intensificados das mudanças climáticas. Elas também enfrentam ameaças cada vez maiores à sua segurança alimentar e hídrica, aos seus meios de subsistência e ao seu bem-estar comunitário. Além disso, essas comunidades são frequentemente excluídas da pesquisa climática e do desenvolvimento de políticas de sustentabilidade, tendo, em vez disso, "soluções" impostas paternalisticamente por pesquisadores e instituições externas. Essas dinâmicas desiguais persistem apesar do crescente reconhecimento de que as comunidades ligadas à terra são fundamentais para o desenvolvimento de respostas à emergência climática e ambiental — incluindo seu papel central no futuro da pesquisa transdisciplinar em sustentabilidade.
Liderado por parceiros comunitários ligados à terra, em colaboração com cientistas sociais críticos interdisciplinares e acadêmicos locais, e em consulta com cientistas naturais, este projeto de Pesquisa de Adaptação Dirigida pela Comunidade (C-DAR) irá: 1) cocriar conhecimento sobre adaptação climática; 2) desenvolver uma metodologia inovadora de ciências sociais visuais; 3) proporcionar uma experiência de treinamento de alta qualidade para estudantes; 4) construir uma rede de pesquisadores interdisciplinares; e 5) mobilizar os resultados para apoiar os parceiros comunitários e orientar pesquisas futuras.
parceiros comunitários
O projeto C-DAR não seria possível sem o apoio e a orientação de nossos parceiros comunitários no Brasil.
Saídas
Lista de Serviços
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Baralho de Cartas de Pesquisa Reparadora Este baralho de cartas é um conjunto de perguntas reflexivas criado para apoiar uma abordagem mais reparadora à pesquisa — especialmente para aqueles que trabalham com temas relacionados à Emergência Climática e Ambiental. Desenvolvido pela Dra. Sharon Stein (UBC) e pelo Dr. Evan Bowness (Western University) — em colaboração contínua com comunidades ligadas à terra, como Mateus Tremembé, da comunidade Tremembé da Barra do Mundaú, no Brasil, e inspirado pelo coletivo Gesturing Towards Decolonial Futures — o baralho Towards Reparative Research convida pesquisadores a examinar criticamente como seu trabalho está intrinsecamente ligado a histórias de extração, controle e danos coloniais.Item 3 da lista
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Revista Canadense de Pesquisa-Ação Bowness, E., Nehemy, M., Tremembé, M., e Timóteo Martins, D., (No prelo). “Rumo à Pesquisa de Adaptação Climática Direcionada pela Comunidade (C-DAR)”. Revista Canadense de Pesquisa em Ação.Item 1 da lista
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Pesquisa reparadora para a emergência climática e ambiental. Stein, S. e Bowness, E. (2025). “Pesquisa reparadora para a emergência climática e da natureza”. Clima e Desenvolvimento.Item 2 da lista
Ally Karabu, bolsista do programa de pesquisa de verão para estudantes de graduação do SSHRC, criou este infográfico para acompanhar os Cartões de Pesquisa Reparadora.
Sherisse Lancaster, estagiária de pesquisa de verão da graduação, criou este infográfico sobre trabalho de delimitação de fronteiras.










